o autor tira do esquecimento a singular figura de Vuitir, o cacique puri que traz sua gente para ajudar a fundar a aldeia de Queluz. Porém, inconformado depois com a escravidão do negro e não podendo acabar com ela, Vuitir resolve voltar para a vida da mata, e nunca mais é visto. Torna-se uma espécie de rei Dom Sebastião dos negros de Queluz, do início do século XX, que sempre esperavam seu retorno.

Mongo era a palavra usada para designar um chefe de vários caciques, que era o caso de Vuitir². Na peça, a personagem chamada Joãozinho, o garoto que descobre a verdade sobre a cantoria dos negros a respeito do Mongo Velho, é o próprio professor João Baptista quando menino. Na narrativa dele encontrei a letra do “Canto do Mongo Velho”. Mas, como ali não constava a notação da melodia, baseei-me numa melodia afro-brasileira do livro Estudos de Folclore, de Luciano Gallet. No fim da peça, os índios cantam o “teiru”, que é um lamento pela perda de um cacique.






Instituto Ruth Salles

Registro oficial na Pedra da Mina.

 Garrincha-chorona ou Itatiaia Spinatail -  (Schizoaeca moreirae)

                                                                  foto: Rodrigo Souza


Por: Antônio Silveira

Naquele dia, apesar de muito sol e tempo aberto, sem nuvens, a temperatura estava em torno de 6º, mas não impediu de “degustarmos” a vista espetacular. Curioso é que não se houve nenhum barulho lá em cima, apenas o barulho do vento, que é presença constante. Neste mesmo dia, estava eu andando pela crista quando ouvi um chamado fraco de uma ave, e depois de alguns segundos apareceu na minha frente um casal da Garrincha-chorona ou Itatiaia Spinatail (Schizoaeca moreirae), restrita aos altos das cadeias rochosas do sudeste, e principalmente nos altiplanos do Parque Nacional de Itatiaia, ali próximo. Nunca havia sido vista na Pedra da Mina. O que resultou em uma nota científica.

SANTOS, A.S.R. 2000. Primeiro registro documentado da garrincha-chorona, Schizoeaca moreirae, para o Estado de São Paulo. Boletim n.º 14/ julho 2000 do CEO (Centro de Estudos Ornitológicos).

                                                                        09.06.2000

Nota científica (pdf)

aultimaarcadenoe/pedra-da-mina-sp


Foto: Rodrigo Souza
Foto: Rodrigo Souza


Ferida aberta

 Eu nem sei por onde começar....

Antes mesmo de redigir este, sendo lido por você neste momento já estou tomado pela emoção.

É como se eu revivesse tudo de novo nos mínimos detalhes.... estou arrepiado....olhos marejados..

É uma ferida que jamais vai se cicatrizar....



inserir foto


A Serra Fina em chamas por si só já era catastrófico para mim, porém o momento em que eu fiquei surdo por uns instantes e conseguia ouvir meu coração batendo e ao mesmo tempo senti que ele parou por alguns instantes... quando meus olhos enxergaram  desde a nascente do Rio Claro até a queda d'água. Naquele momento eu desabei em choro incontrolável... como sem um pedaço de mim estivesse morrido...












Sempre que eu tenho estas recaídas me apego a esta cartinha..
Obrigado João Arthur....


Canionismo

 



A expedição Rio Claro, bem como, as demais expedições idealizadas para este conjunto montanhoso, localizado nas maiores altitudes do país, no coração da espinha dorsal do Brasil Central, objetiva o mapeamento de grandes drenagens de altitude, constituindo em um levantamento inédito, que no futuro poderá contribuir em inúmeras finalidades ambientais, sociais e educativas.

Durante as primeiras expedições foram realizados levantamentos fotográficos e um croqui técnico da caracterização dos trechos percorridos. Nesta etapa não houve coleta de materiais em campo e divulgação na mídia.


O rio Claro é considerado uma drenagem de montanha, com caraterísticas de montanha, classificada pelo IBGE como uma drenagem de nível 1, em uma escala de 1 a 5. Significa rio de nascente, leito principal. O rio Claro pode ser considerado um cânion, porém suas características se diferem bastante das formações de cânions em garganta, comuns na região sul do país. O rio Claro é classificado como um Cânion de Ravina, confinado na montanha através de grandes cristas abruptas, tão remotas e confinadas, quanto as dos cânions em garganta. O Cânion de Ravina é comum nas grandes montanhas da região sudeste do país, tanto no Complexo Mantiqueira, como na Serra do Mar, Serra dos Órgãos, Serra do Caparaó e demais no entorno destes grandes polos.

 

A Ravina é formada em sua maioria por rocha granítica, em processo avançado de desmoronamento e seu surgimento, segundo estudos geológicos da área, se datam, a mais de 500 milhões de anos.

A expedição rio Claro realizada neste ano de 2009, deu início a uma nova escala de possibilidades de pesquisa e conhecimento técnico das drenagens de montanha da região sudeste do país. Esperamos com esta e as demais expedições previstas para 2011 – 2013 – 2014 – 2015. Elaborar um documentário sobre os trabalhos realizados, bem como disponibilizar na forma digital informações ambientalmente relevantes destas expedições de Canionismo na Serra Fina.

 

Informações Técnicas:

Rio Claro/Drenagem

Altitude Nascente: 2.530 sup. Alt.

Drenagem nível 1.

Desnível Percorrido na expedição: 1.760 m. alt.

Altitude chegada/RPPN Pedra da Mina: 770 m. alt.

Desnível total da drenagem. Nascente a foz: 1.890 m. alt.

Trabalhos com corda: 12.

Caminhada Aquática: Predominante.

Travessia de Poços: acima de 40.

Extensão do trajeto percorrido: 17.5 km.

Duração: 03 dias.

Montante: Pedra da Mina. Queluz.

Ajusante: rio Paraíba do Sul – Queluz.



Idealização: Amicânion – Associação Mineira de Canionismo. Sede/Caxambu – MG.

Participação: Comitê de Bacia Hidrográfica do CBHVerde – AMANHÁGUA/OSCIP – Prefeitura de Itanhandú – UNIFEI/Itajubá-MG.

Expedicionários: Bruno Dias – Lucas Agostini – Apoio/Logística: Roberto Paiva Filho – Ewerton Teodoro – Luiz Fabiano.

Local da Expedição: Serra Fina – Pedra da Mina – Cânion do rio Claro. Divisa MG/SP.

Data: 21 de setembro de 2009.

Duração: 03 dias.

Grupo Montanhoso: Serra da Mantiqueira – Sudeste – Brasil.

Bioma: Mata Atlântica – Floresta Ombrófila Densa e Campos de Altitude.

Rocha Predominante: Granito Sienito.

Drenagem: rio Claro – Altitude: Acima de 2.530 mts. Alt. Classe 1 – Intermitente. 


Instituto Alta Montanha

 

Com mais de 1000 hectares de Floresta Atlântica de Altitude, a área do Instituto Alto Montana da Serra Fina é composta pela Fazenda Pinhão Assado, Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN Alto Montana e Abrigo Alto Montana, onde se desenvolvem trabalhos em 5 eixos vocacionais: Conservação da biodiversidade, Pesquisa e educação, Produção agroecológica, Turismo de montanha, e Esportes na natureza.

Nossos principais objetivos são realizar a gestão da Fazenda Pinhão Assado e RPPN Alto Montana, bem como promover e apoiar projetos e atividades socioambientais nas Terras Altas da Mantiqueira.

Nossa missão é promover a conservação e preservação dos ecossistemas montanos da Serra da Mantiqueira por meio da gestão da RPPN Alto Montana e da Fazenda Pinhão Assado, fomentando a pesquisa, a educação, a formação de políticas públicas socioambientais e a adoção de práticas sustentáveis.

Nos dedicamos a ser uma organização atuante e reconhecida pela relevância e qualidade dos projetos desenvolvidos na Serra da Mantiqueira e alcançar nossa sustentabilidade econômica/financeira. Esse esforço reflete também em nosso engajamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS´s), propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), que visam a melhoria das condições de vida em nosso planeta até 2030.

Aves avistadas e catalogadas no Instituto

https://institutoaltomontana.org/